quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Divã às 13:30


Sempre que posso me derreto
sei que quase nunca
mas agora é uma boa hora
[pra isso]
Menina,você não sabe o que me aconteceu
roubaram-me as palavras
há uns dias atrás
e eu cheio de versos
me vi perdido
como quem sabe o destino
mas nunca como chegar.
Estive repleto de planos
e o concreto ar de Brasília
me fez padecer.

Fez que ia chover mas passou
não pude ficar pra ver o espanto alheio
e as pessoas passaram
os pássaros de outrora não se (en)cantaram
no triste espaço que andei.
Menina,
semana passada me lembrei de você
e os olhos mareados
e o corpo sedento
pediu pra lembrança ficar,
a saudade me tirou o sono
e acordado eu tive um sonho
e fiz você aparecer
na triste idéia de não te ter.

Sóbria sabedoria de não voltar.

Estou mesmo meio deprimente
e até meio doente
dessa secura e coisa e tals.

Menina,
olho-me e te vejo no espelho
reflexo terapêutico

de conversar
com que se entende.

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