quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Cafuné


Não passe a mão pelos meus cabelos
Minha nuca é touch-screen
Ou passe.

Não quero ser covarde.
Talvez seja mesmo melhor assim.

Mas se começar não termine tão cedo
desarrume meu penteado
faça caminho com seus dedos.

Quero ser acarinhado.
Quero te dar o que há de bom em mim.

Me despenteia.

3 comentários:

  1. Grande Kiko! Já estou seguindo seus textos, bom demais! abraços!

    ResponderExcluir
  2. Essa foi boa: “Me despenteia”
    Coisa de quem não precisa rimar
    Quando a poesia acaba
    A gente vê que tá na sua veia
    Tanto o escrever quanto o falar

    Assim como nos finais de semana
    Você vem sempre convidar
    Pra tomar aquela cerva
    Mas insistir não é seu forte
    Ou é, sei lá
    Acho que você prefere seqüestrar

    Mas não pense que eu tô de boa
    Só porque me deu carona no seu carro
    Seus poemas são bonitos sim
    Mas enquanto eu estava dormindo
    Você fumou todos os meus cigarros

    ResponderExcluir